Atrás de algumas colinas e vales, havia um pequeno vilarejo. No fim do vilarejo, perto da floresta, escondia-se uma pequena casa onde Vivi morava com seus pais. Ela era uma menina cheia de energia que adorava praticar esportes, e o que mais gostava era correr.
Todos os dias, ela corria, pulava sobre troncos caídos e pequenos riachos, desviava de galhos e sempre chegava em uma linda clareira do outro lado da floresta. Ela sentava na grama e apreciava a vista do vilarejo todo. Era seu lugar favorito, onde não era nada fácil chegar, mas ela amava o silêncio e a paz dali.
Certa vez, enquanto descansava na grama, Vivi ouviu um barulho. Ela se levantou imediatamente e procurou de onde vinha o som. Perto dali, ela encontrou um cão selvagem deitado na grama com a pata presa em uma armadilha. Ele não conseguia se mover. Vivi se aproximou devagar. O cão estava com medo e começou a rosnar. Ela queria ajudar, mas não conseguia sozinha, então ela tirou sua jaqueta e a colocou sobre o cão que estava tremendo. “Vou buscar ajuda. Aguenta firme, por favor”, ela sussurrou. Vivi voltou para casa o mais rápido que pôde e ligou para a estação de resgate de animais. Depois, ela correu de volta para a floresta pois estava preocupada com o cão. Quando ela se aproximou da clareira, avistou um carro chegando e um veterinário saindo dele. O veterinário agradeceu Vivi por chamá-lo e levou o cão selvagem para a estação de resgate.
Todos os dias, Vivi ia visitar o cão. Ela sempre levava algo gostoso para ele comer, até o dia em que ele desapareceu. “Como ele melhorou, nós o devolvemos para a natureza, o lugar de um cão selvagem. Foi graças a você, Vivi, que ele conseguiu se recuperar”, disse o veterinário. Desde então, sempre que Vivi ia correr, ela olhava ao redor da floresta na esperança de encontrar o cão. Ela sentia que ele estava por perto, mas nunca o via.
Uma dia, enquanto ela estava sentada em sua clareira favorita, algo especial aconteceu. Ela ouviu o barulho da grama atrás dela, virou-se lentamente, mas não viu ninguém. Então, ela esperou. De trás do arbusto, apareceu um focinho e orelhas em pé. Vivi reconheceu quem era: o cão que ela tinha salvado.
Ela continuou sentada e estendeu a mão para que ele pudesse cheirá-la. Ele se aproximou, tocou nela com a cabeça e se esfregou suavemente. O coração de Vivi disparou. Ela queria tanto fazer carinho nele e abraçá-lo, mas tinha medo de assustá-lo. De repente, o cão saiu correndo. Depois de um tempo, ele voltou e trouxe algo na boca. Era a jaqueta que Vivi usou para cobri-lo. Ela ficou completamente surpresa, o acariciou com cuidado e agradeceu. “Amanhã eu volto, você estará aqui?”, sussurrou Vivi, e o cão latiu, como se entendesse.
No dia seguinte, Vivi teve uma surpresa. O cão selvagem se aproximou sozinho da casa dela. Quando sentiu o cheiro de Vivi, ele começou a latir com alegria e balançou o rabo dando as boas-vindas. Eles correram juntos pela floresta inteira até a clareira, onde ele se deitou no colo dela. Desde então, Vivi nunca mais correu sozinha. Ela conseguiu um amigo canino, graças a seus esforços para salvá-lo.
