Pequenas coisas, grandes alegrias

No meio da floresta, havia uma árvore poderosa, visível de longe devido ao seu tamanho gigantesco. Seu tronco era tão grande que não poderia ser abraçado nem por dez adultos. A cada ano, ela florescia de maneira deslumbrante, e sua copa era tão alta que ninguém conseguia ver seu topo do chão. No entanto, essa não era uma árvore qualquer, pois em sua copa rica e exuberante, viviam muitos duendes.

Esses duendes corriam entre os galhos, dormiam em suas grandes folhas, e se alimentavam dos frutos da gigantesca árvore. Os duendes eram felizes com o que a árvore lhes proporcionava.

Nessa árvore morava um duende mais velho e sábio, chamado Rafa, que de vez em quando convocava os outros duendes para cumprir uma missão em favor dos humanos. E sempre que precisavam, os duendes recorriam a ele em busca de conselhos.

Histórias para crianças - Pequenas coisas, grandes alegrias
Pequenas coisas, grandes alegrias

Certa vez, Rafa chamou todos os duendes para uma reunião. Eles se acomodaram nos galhos, prontos para ouvir o que Rafa teria a dizer. O duende mais velho com voz serena, falou: “Chegou a hora de ajudar as pessoas. Elas precisam de alegria para se animar. Estão tristes, preocupadas, e esqueceram como se divertir. A forma de fazer isso, vocês que decidem. Agora, vamos nessa!”.

Houve um burburinho entre os duendes, discutindo várias ideias sobre como poderiam trazer alegria às pessoas. Tiveram muitas sugestões, mas nenhuma parecia ser suficiente para trazer tanta felicidade. Eles não conheciam grandes truques de mágica, então precisavam inventar algo simples. Após algum tempo, um duende sorriu, e sua ideia foi rapidamente compartilhada. Todos concordaram e começaram a trabalhar imediatamente.

Alguns duendes procuraram papel, enquanto outros encontraram um caule de flor. Como o caule soltava uma cor verde, ele poderia ser usado como uma caneta. Com o caule, escreveram uma mensagem no papel, o dobraram em forma de avião e o levaram para a cidade. Escalaram a maior árvore da região e, de lá, jogaram o avião de papel em direção à cidade.

O avião flutuou pelo ar até pousar em um banco, onde estava um senhor muito triste. Ele notou o avião, pegou-o e leu a mensagem, sorrindo gentilmente. Levantou-se e, com um sorriso, lançou o avião de papel adiante. O avião novamente flutuou ao vento, até pousar ao lado de uma mãe que estava com sua filhinha. A menina pegou o avião de papel, leu a mensagem e sorriu, entregando-o à mãe que, também leu a mensagem e, ao sorrir, jogou o avião de volta ao vento.

O processo se repetiu diversas vezes. Cada pessoa que lia a mensagem sorria, independentemente de estar mais ou menos triste. Os duendes observaram tudo, felizes por terem cumprido sua missão de alegrar várias pessoas. Ao final do dia, contaram tudo ao seu líder, o duende Rafa. Ele ouviu atentamente e ficou extremamente contente.

Rafa então perguntou: “E o que estava escrito naquele aviãozinho de papel?”.

“Um sorriso te faz ainda mais encantador”, responderam os duendes.

O duende mais velho sentiu-se orgulhoso de seu grupo. Com uma frase simples e um ato de gentileza, haviam conseguido alegrar os corações das pessoas. Eles perceberam que, para fazer alguém feliz, não é preciso realizar grandes coisas, basta agir com o coração. Até hoje, os pequenos duendes vivem felizes naquela árvore, aguardando ansiosamente pela próxima missão que Rafa lhes dará.

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