Muito longe, além das sete montanhas, havia uma vila mágica. As crianças que viviam nesta vila iam para uma escola mágica, que tinha paredes brancas e um telhado vermelho. Quando o sol brilhava, os raios de luz entravam nas salas de aula pelas janelas de madeira. Embora a escola parecesse comum, as crianças adoravam estudar lá, pois sabiam que nela havia um encanto.
Nessa escola trabalhava uma zeladora muito especial e, graças a ela, a escola era um lugar mágico. A zeladora era alta, tinha lindos cabelos ruivos ondulados e era incrivelmente gentil.
Quando ela sorria para alguém, parecia que todas as preocupações daquela pessoa desapareciam. Isso era algo que só ela conseguia fazer. Todas as crianças que iam à escola eram muito queridas por ela, e ela adorava poder trabalhar lá.
Quando as crianças não estavam nas salas de aula, ela limpava tudo com cuidado. E quando a escola estava cheia, ela gostava de caminhar pelos corredores, observando os alunos e ajudando em tudo o que podia.
Por exemplo, quando uma criança escorregou na escada, bastou apenas gritar: “Socorro!”, que prontamente a zeladora apareceu e a socorreu. Ou quando na cantina um aluno do primeiro ano não conseguia carregar a bandeja do almoço porque estava pesada, bastou sussurrar: “Por favor, me ajude”, que no mesmo instante, a zeladora espalhou um pó mágico e colorido que fez a bandeja ficar um pouco mais leve. Todas as crianças sabiam que sempre tinham sua querida zeladora mágica, e por isso não tinham medo de nada.
Certa vez, quando as aulas já tinham terminado e as crianças tinham ido para casa, a zeladora estava passeando pela escola e verificando se tudo estava limpo. Então, de repente, ela ouviu um choro suave. Ela olhou debaixo da escada e viu um menininho triste sentado. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, deixando suas mangas molhadas de tanto secá-las.
A zeladora se sentou ao lado dele e perguntou: “Dia difícil?“. Ele respondeu: “Sim, muito difícil”, escondendo o rosto no moletom. “Às vezes é assim. Posso perguntar o que aconteceu?”, continuou a zeladora. “Sabe, eu tenho medo de altura. Hoje, na aula de educação física, nós precisávamos subir em uma corda, mas ela era tão alta que eu fiquei com medo e consegui subir só até a metade. E amanhã o professor vai dar nota para isso. Eu estou com medo, não vou conseguir.“
A zeladora enxugou as lágrimas do menino, colocou o braço em seus ombros e disse: “Venha comigo, vou te mostrar algo”. Ela pegou a mão dele e o colocou em sua vassoura, sentado à sua frente. Ela soprou um pó mágico e brilhante da sua mão e a vassoura subiu lentamente, levando eles pelos corredores, enquanto ela segurava o garotinho com firmeza.
“Olha, amiguinho, não é nada. É só um pouco alto. Você não precisa ter medo. Apenas diga a si mesmo que você consegue. Porque eu sei que sim. Eu acredito em você”.
Eles voaram pela escola toda, com cuidado. As lágrimas do garotinho foram secando aos poucos, e ele começou a se divertir. Ele foi ganhando confiança de que superaria seu medo. Depois de um tempo, eles pousaram no chão e ela o ajudou a descer. A zeladora o abraçou e disse: “Todo mundo tem medo de vez em quando. Não fique triste por isso. Eu também tenho medo às vezes. O importante é tentar ser corajoso e enfrentar seu medo. Hoje você voou alto comigo por toda a escola e conseguiu. Eu acredito em você. Você vai conseguir amanhã também. A altura só parece assustadora, mas pode ser superada. Estarei com você amanhã”.
No dia seguinte, na aula de educação física, o garotinho ficou em pé ao lado da corda e sussurrou: “Por favor, me ajude”. De repente, um pó mágico e brilhante começou a se espalhar ao seu redor. O aluno olhou para a porta do ginásio e lá estava a zeladora. Quando ela piscou para ele e sorriu, ele soube que conseguiria. E conseguiu mesmo.
Até hoje, a zeladora mágica ajuda as crianças na escola, dando coragem e alegrando-as com o seu sorriso encantador.
Às vezes, você pode ter medo de não conseguir, mas sempre há alguém que acredita em você e que sabe que você pode superar seu medo, assim como a zeladora mágica acreditou no garotinho. Então seja corajoso.
