A magia de Sofia

No final da cidade, existia um prédio alto com vários andares. No oitavo andar, havia algo diferente. As janelas desse andar eram decoradas com lindas cortinas coloridas. A cada raio de sol, elas brilhavam em todas as direções. Às vezes, parecia que relâmpagos e cores incríveis surgiam das janelas. Quem morava lá? Lá vivia uma jovem chamada Sofia. Mas ela não era uma garota qualquer, ela era uma feiticeira boa e gentil.

À primeira vista, era claro que ninguém precisava ter medo dela. Ela era alta, magra e jovem. Seus cabelos claros e encaracolados se enrolavam como anéis. Os óculos escuros a ajudavam a parecer um pouco mais séria. E, quando sorria, seus aparelhos coloridos brilhavam na boca. Todos gostavam dela, pois sua natureza bondosa e sorriso gentil encantavam magicamente a todos.

Histórias curtas para dormir - A magia de Sofia
A magia de Sofia

Em seu apartamento, no oitavo andar, ela cultivava várias ervas na varanda, guardava muitas pedras, flores e especiarias, das quais fazia suas poções. Na prateleira, havia um grosso livro de receitas e encantamentos mágicos. Sempre que queria usar seus feitiços, ela procurava uma receita no livro e começava a preparar. Como ela cantava lindamente, o feitiço soava como uma bela canção. Era assim que ela fazia.

Um dia, enquanto passeava pela cidade, a jovem feiticeira Sofia viu algo que a surpreendeu. Havia várias crianças brincando no parquinho, mas longe umas das outras. Era visível que algumas delas estavam tristes. Sofia se aproximou, sentou-se e perguntou: “Oi, como vocês estão? É impressão minha ou aconteceu alguma coisa?”. Uma das crianças enxugou as lágrimas e começou a explicar: “Sabe, nossa querida feiticeira, talvez nem você possa fazer nada. Estamos tristes porque os outros não querem brincar conosco. Eles dizem que não somos bonitos. Veja, alguns de nós têm marcas feias, uns são muito pequenos, e outros, muito altos”.

“Mas isso não é motivo para que os outros não gostem de vocês e os ignorem. Não se preocupem, isso não vai ficar assim”, respondeu Sofia decidida, rapidamente correndo para casa. Imediatamente, ela pegou o livro de feitiços, folheou as páginas e exclamou vitoriosamente: “Aqui está, já encontrei!”. A feiticeira pegou uma panela, adicionou algumas ervas e especiarias, colocou várias pedras coloridas em volta da panela, e em seguida pegou um lenço, começou a agitá-lo ao redor da panela enquanto cantava: “Quando amanhã você olhar para o mundo ao seu redor, verá a grandeza de todas as belezas. Não tenha medo, vem conhecer, quem te rodeia, pode te entender”.

Com essa canção, as janelas se abriram. O vento balançou as cortinas, passou por todo o apartamento, fez um redemoinho ao redor da panela, e o lenço se levantou. O vento soprou no lenço um pó mágico brilhante da panela.

A feiticeira pegou o lenço com pó mágico, foi até a janela do oitavo andar e soprou o pó pela cidade. O vento espalhou o pó para todos os cantos e ele caiu em todas as pessoas. Naquele momento, as pessoas começaram a se tornar amigas, independentemente de sua aparência. As bonitas e as nem tão bonitas. E por quê? Porque a feiticeira Sofia criou um pó mágico que fazia com que a pessoa visse os outros como eles realmente eram por dentro. Mesmo que alguém tivesse um nariz torto ou grandes orelhas, os outros ainda o viam como uma pessoa bonita. A aparência não era mais um problema. O que importava era a beleza do coração e as qualidades de cada um. Nossa amada feiticeira ajudou novamente as pessoas em sua cidade.

No final da cidade, em um prédio bem alto, vive Sofia com sua magia. Ela cuida das pessoas da cidade, ajuda com seus feitiços, ensina-as a se alegrar com as pequenas coisas e a ver apenas o bem nos outros. Sempre que as cortinas em sua janela se mexem e aparecem cores brilhantes, todos sabem que a querida Sofia está começando a fazer magia. E não apenas com seu sorriso mágico.

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