Em um lago vivia uma rã que conhecia apenas seu lago e algumas poças. Mas ela sabia contar maravilhosamente onde tinha estado, o que tinha visto e o que sabia fazer. Ela contava isso de forma tão convincente que aqueles que não a conheciam acreditavam facilmente que o que ela dizia era verdade.
Até o rato ouviu o relato da rã. Ele conhecia apenas seu buraco de rato e um pequeno campo ao redor, onde ia buscar grãos. O relato da rã o encantou. O rato estava curioso sobre o mundo ao redor e desejava muito viver alguma aventura também.

“Você vai conhecer melhor o mundo, meu querido…”, disse a rã, “…quando você aprender a nadar. Na água, você chega a qualquer lugar. Acredite em mim, eu sei disso muito bem. Nado tão rápido que ultrapasso qualquer navio a vapor e chego até o mar quando quero.”
“Mas como eu aprenderia a nadar?”, ponderou o rato.
“Ora, não se preocupe. Eu ficaria muito feliz em te ensinar. Ensinei todas as rãs e peixes deste lago a nadar quando ainda eram girinos”, gabou-se a rã e continuou a explicar como fariam isso.
“Olha”, disse a rã, “aqui está uma cordinha. Vou amarrar você a mim e você vai nadar atrás de mim.”
E assim o rato se amarrou à rã. A rã pulou na água, mergulhou alegremente e nadou. Então viu outra rã.
“Oi, irmã! Como você está? Já te contei sobre como ganhei a competição de mergulho? Foi assim…”
A rã começou a contar a história e esqueceu completamente do rato. Ela nem percebeu que o pobre coitado se afogou. E a rã continuou a coaxar com todos que encontrava.
Passaram-se três dias. O rato afogado inchou e flutuou para a superfície do lago. Enquanto flutuava, uma águia avistou o rato do céu e o pegou para comer. E como ainda estava amarrado à rã, pegou a rã junto com o rato. E assim a águia teve um bom almoço. Comeu o rato e a rã, pois estava faminta. Ela não estava nem um pouco interessada nas invenções da rã tagarela.
Claro que a rã mereceu isso, pois com seu comportamento tolo e despreocupado colocou o rato em perigo. E assim, ela também se colocou em perigo. Portanto, devemos nos tratar com respeito e cuidar uns dos outros.
Gostei, mas acho que essa história é muito pesada para crianças