Era uma vez um vovô e uma vovó que tinham uma casinha e um pequeno campo ao lado da casa. Nesse campo, cultivavam de tudo e ficavam extremamente felizes com cada boa colheita. Este ano, já tinham colhido a maior parte, restava apenas um canteiro de beterrabas. O vovô foi fazer uma colheita ao entardecer, colocando as beterrabas uma a uma num carrinho de mão.
Quando chegou a vez da última, o vovô arregalou os olhos. Era realmente enorme! Tentou puxá-la, balançou com toda a força, mas a beterraba nem se mexeu. E então ele chamou a vovó para ajudá-lo. Ela agarrou o vovô pela cintura e puxou a beterraba junto com ele. Mas, mesmo em dupla, não adiantou nada puxar, a beterraba estava presa no chão como se estivesse pregada.
Então, resolveram chamar a netinha Eva, que estava de visita. O vovô agarrou a beterraba, a vovó agarrou o vovô, a neta agarrou a vovó e todos juntos puxaram, mas não conseguiram arrancar a beterraba. Então chamaram também o cachorrinho para ajudar. O vovô agarrou a beterraba, a vovó agarrou o vovô, a neta agarrou a vovó e o cachorrinho agarrou a netinha. Puxaram, mas não conseguiram arrancar. Então chamaram o gato para ajudar também. O vovô agarrou a beterraba, a vovó agarrou o vovô, a neta agarrou a vovó, o cachorrinho agarrou a neta, o gato agarrou o cachorrinho. Puxaram, puxaram, mas não conseguiram arrancar.
“Não temos força suficiente para essa beterraba e não há mais ninguém para nos ajudar”, concordaram todos tristemente.
“Ainda tem eu aqui”, uma vozinha estridente se fez ouvir do chão. Procuraram por um tempo até que notaram um pequeno ratinho.
“Ah, ratinho, você provavelmente não vai poder nos ajudar muito”, concordaram todos.
“Por que não? Vamos lá, vamos tentar mais uma vez”, o ratinho encorajou os desconfiados. Por menor que fosse em comparação aos outros, era o mais determinado. E assim todos se juntaram novamente no esforço. O vovô agarrou a beterraba, a vovó agarrou o vovô, a neta agarrou a vovó, o cachorro agarrou a neta, o gato agarrou o cachorro. O ratinho rapidamente cuspiu nas patinhas, correu até o gato e puxou junto com os outros, gritando “Força! Vamos lá!”
E realmente funcionou! A beterraba saiu da terra e todos caíram um por cima do outro. Foi uma alegria eles finalmente terem conseguido. Ainda ofegantes, rolaram de rir e festejaram ao redor do buraco deixado pela beterraba. O buraco era tão grande que daria para fazer uma piscina.
Com a beterraba gigante, a avó fez pastinhas, sopas, conservas e pães. Até o ratinho, sem o qual não teriam conseguido tirar a beterraba do chão, ganhou uma boa porção de guloseimas de beterraba. Ele era o menor de todos, mas definitivamente não lhe faltava determinação. E muitas vezes é isso que faz a diferença.
